domingo, 17 de agosto de 2008

VIA ALGARVIANA - AS MINHAS FOTOS

Esta é a foto de apresentação do grupo, o primeiro a travessar o Algarve entre Alcoutim e Cabo de S. Vicente, em 14 dias e numa distancia de aproximadamente 300km.
Da esquerda para a direita, Fernando Santos, eu o Papa-léguas, Mário de Monchique e o enfermeiro de serviço para os mais necessitados, Alberto um espanhol de Málaga e bom caminheiro, segue se Jurgen alemão de Hamburgo que foi com extremo sacrifício que chegou ao fim mas que apesar de ter os pés numa lastima, correu os últimos cinquenta metros para ser o primeiro a tocar as paredes do farol do Cabo de S. Vicente. A única representante do sexo feminino e de nome Margarida, vinda de Tavira, soube representar condignamente o seu lugar, sendo o ultimo mas não o ultimo do grupo, o nosso guia e impulsionador desta travessia, o João Ministro, da Almargem, de Loulé. Outros se juntaram a nós por percursos mais curtos ou longos, mas fomos nós os seis magníficos que percorremos na totalidade a Via Algarviana.




Estas três etapas referem-se ás de Alcoutim a Balurcos e a segunda entre Balurcos e Furnazinhas, sendo a terceira de Furnazinhas a Vaqueiros. No primeiro dia passámos por uma zona de especial interesse para os que se interessam pelo estudo dos nossos antepassados pré-históricos, muitos vestígios têm sido encontrados e até existem alguns menires como por exemplo os do Lavajo. Na segunda etapa, tive uma aventura atribulada para passar uma ribeira que naquele dia estava bem cheia, a Ribeira da Foupana e para terminar, no caminho houve um encontro com uma vigorosa cobra de escada, para os apreciadores da fauna selvagem, este animal inofensivo para o homem, não deixa de ser assustador para os mais sensíveis. Encontrou-se pastores e rebanhos de ovelhas, aldeias quase desabitadas, uma delas com apenas uma pobre alma, outras porem ainda com uma vida activa, caso de Cortes Pereiros.



Furnazinhas, é uma bonita aldeia, toda ela bem cuidada e ali podemos desfrutar do bem receber de um casal que exploram "A casa do Lavrador", uma residência de turismo de habitação. Foi com pena que nos afastamos desta terra e partimos para a descoberta do que muito ainda faltava percorrer...muitos quilómetros pela frente.

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Nesta fase da travessia, fizemos uma das mais interessantes caminhadas pelas serranias. Entre Vaqueiros e Cachopo, atravessámos várias aldeias onde tivemos o grato prazer em contactar com as populações locais o que se tornou gratificante nos dois sentidos, nós porque aprendemos algo com esta geração esquecida e eles porque tiveram um sopro de esperança de que alguém se lembra deles e futuramente terão mais visitas de pedestrianistas a percorrer estes caminhos poeirentos

Não posso nem devo ignorar a beleza destas serras, também devido á época do ano que escolhemos para fazer esta travessia, a Primavera é sem duvida alguma a época do ano por excelência devido a nesta altura tudo estar na sua pujança, flora e fauna.
E a aventura continua, mas já com algumas bolhas nos pés dos mais sensiveis...

sábado, 16 de agosto de 2008

VIA ALGARVIANA - AS MINHAS FOTOS - CONTINUAÇÃO


Em Cachopo, tivemos o prazer de conhecer a Dona Otília, senhora activa, que criou o museu vivo do linho e também um pequeno museu a recriar um moinho por dentro em que expõe o mobiliário e utensilios que antigamente eram usados pelos moleiros. No seu museu do linho, a Senhora exemplifica todo o tratamento e o percurso do linho desde a sua cultura até ao tear, aí a Dona Otília tece vários tipos de tecidos de linho em teares artesanais. Merece este destaque, por ser sem sombra de duvidas, uma Senhora que faz com que Cachopo seja bastante conhecida.


Esta caminhada entre Cachopo e o Barranco do Velho, atravessando a Serra do Caldeirão, no meu ponto de vista e apesar de ser uma das mais longas, foi sem duvida alguma a mais bonita. A Serra do Caldeirão estava no seu esplendor, a natureza resplandecia em beleza e múltiplas cores.

Em redor do Cachopo, existem vários percursos pedestres que recomendo vivamente, todos eles devidamente marcados, um lugar por excelência para os praticantes de pedestrianismo.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

VIA ALGARVIANA - AS MINHAS FOTOS - CONTINUAÇÃO

Neste conjunto de fotos, reporto duas etapas sendo a primeira entre Barranco do Velho e Alte. À saída de Barranco do Velho, visitámos um alambique que ainda sobrevive apesar das dificuldades á sua existência e em Alte havia uma festa na aldeia mais típica do Algarve, segundo os padrões turísticos, porque outras também bem ou mais representativas das aldeias Algarvias.
A segunda etapa seguiu-se entre Alte e São Bartolomeu de Messines.
A primeira foi a descer a Serra do Caldeirão, ao passo que a segunda já foi atravez do Barrocal Algarvio, onde ainda se pode observar a remanescencia da lavoura, com destaque para a engenharia de obtenção e distribuição da agua pelas hortas, podendo-se também observar belos exemplares equestres.


Antes de se chegar a Messines, passámos pela aldeia da Torre, onde existe uma pequena industria de construção de brinquedos em madeira. Um artesanato que traz de volta no tempo os velhos brinquedos da minha juventude.